domingo, 26 de outubro de 2008

Química para Surdos

Em continuação aos seminários apresentados no auditório de Química da UFRPE, na terceira semana tivemos o graduando de química Luiz Carlos, em parceria com Cysneiros e Costa. Carlos trouxe-nos uma discussão sobre a Química para os Surdos. A seguir temos o resumo de sua apresentação, escrito pelo próprio autor.

O objetivo da investigação do interesse dos surdos pelo ensino de ciências é para desenvolver um curso envolvendo a área de química, física, biologia e matemática observando primeiramente os aspectos de interesse desse publico alvo em relação o que seria necessário pra ensinar um surdo com analogia ao tri-pé: professor, interprete e aluno. Tendo o cuidado eminente para que o conteúdo seja transmitido com a maior coerência. 


Em seguida foi feita uma pesquisa para saber quem é o surdo? Onde foi observado que este tipo de publico pode desenvolver qualquer atividade em um âmbito acadêmico com êxito em seu aproveitamento. Contudo houve uma preocupação neste publico alvo, analisando que uma criança de 5 anos de idade já viu no mínimo 5 milhões de horas de televisão, isso indica que seu mundo é colorido e a relação professor, piloto preto e quadro branco não prende sua atenção totalmente, a partir  desse principio está lançada a idéia de um tema e que tipo de hipermídia pode ser elaborada para surdos ressaltando na universalidade das cores e o contexto em que o curso que será abordado vai enfatizar.

Para maiores detalhes confira o slide da apresentação disponível para download em Tópicos de Química, e o podcasting com o comentário do apresentador.


É a química expandida...

by Bruno Leite (lattes)

domingo, 19 de outubro de 2008

Tecnologias no Ensino de Química

Na última sexta (18/10) a pedido da Professora Edênia Amaral, apresentei um seminário sobre as Tecnologias no Ensino de Química. Direcionei o seminário  para os tecnologias envolvendo: hipermídias, podcasting's e Web 2.0. A turma da disciplina de Instrumentação para o Ensino de Química do departamento de química da UFRPE foi o foco desta apresentação. a seguir descrevo um resumo do que foi apresentado.

Inicialmente deixei claro que o uso das tecnologias não devem ser tidas como uma substituição de determinadas aulas, mas sim como um complemento. A idéia é de uma adição, salientando que cabe ao professor a sua capacitação mesmo que não haja em sua escola, ou sua realidade escolar, computadores ou materiais para tais tecnologias. O professor pode utilizar as tecnologias em conjunto com outras estratégias didáticas.

É notável que exista uma diferença entre conhecimento e informação, não  basta apenas ter a informação precisa-se construir o conhecimento significativo da informação. Não basta apenas termos o conhecimento se não há transmissão, ser “o professor” não induz ao aprendizado eficiente e promissor por parte de quem se ensina. Precisamos entender que entre a informação e o conhecimento há um "meio" um instrumento que fica entre esses dois pontos: a linguagem.





Partindo desses pressupostos iniciais temos a hipermídia. 
A Hipermídia é uma  ferramenta didática que permite a passagem de diversas formas de linguagem (textos, imagens, sons, etc.), facilitando uma construção do conhecimento por parte do aprendiz, respeitando-se a individualidade cognitiva do de cada indivíduo. Nesse contexto, as hipermídias apresentadas respeitam a individualidade cognitiva, elas foram construídas com o objetivo de complementar as aulas de química. As hipermídias mostradas foram: Ligação Iônica, Cinética Química, Modelos Atômicos e Eletrólise.


Os podcasting's têm  se destacado sobremaneira na tecnologia educacional, permitindo que esta nova tecnologia possa criar novas oportunidades no processo de ensino-aprendizagem. O termo “podcasting” surgiu como o acrônimo das palavras “public on demand” e “broadcast”. O termo podcasting pode ser descrito de forma resumida como sendo uma emissão pública segundo uma demanda. Algumas etapas foram mostradas para a elaboração de um podcasting, e notadamente vista a facilidade de se criar um podcasting. Os podcasting's apresentados são os mesmos disponibilizados aqui no blogger: Pilhas eletrolíticas, Síntese e decomposição e por último o podcasting sobre Acidez estomacal.

Por fim discutimos um pouco sobre a Web 2.0 que é a segunda geração de serviços online e caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo. Algumas definições foram destacadas e diferenças da Web 1.0 e a Web 2.0, bem como alguns portais foram mencionados, dentre eles: Portal do SEMENTE e o Portal AQUÍMICA, além dos blogs Bruno's Chemistry; uma conversa sobre "coisas" da química e o blog história da química. Lembramos também o Orkut do SEMENTE, que é utilizado como ferramenta de ensino-aprendizagem. Restou-nos ainda um momento para mencionar sobre a Web 3.0 (Web semântica) que brevemente estará surgindo.

Muito foi discutido entre a turma sobre os materiais apresentados e muito ainda há de se discutir, as tecnologias estão presentes em nossas vidas, várias sugestões foram dadas e destacadas durante o seminário.
 Agradeço a oportunidade dada pela professora Edênia e aos alunos que com tão apreço contribuiram para este momento. O slide da apresentação está disponível em Tópicos de Química.

É a química sendo expandida...

by Bruno Leite (lattes)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Elaboração de vídeos educacionais com enfoque químico para o Ensino Fundamental I

Segundo seminário realizado pelo Núcleo SEMENTE. Neste seminário Flávia Cristina discute o uso dos vídeos educacionais voltados para o ensino fundamental I. Abaixo temos o resumo da autora da apresentação:

O Projeto: Elaboração de vídeos educacionais com enfoque químico para o Ensino Fundamental I tem como objetivo elaborar vídeos educativos no âmbito de iniciar "faniliarizar" a criança com a química. Visto que, as crianças nas séries iniciais do ensino fundamental I aprendem diferentes conceitos de ciências que podem ser relacionados com a ciência "química".

 

Através de um levantamento de dados sobre os vídeos já existentes na rede de internet e nos programas da televisão, pretende-se iniciar a gravação dos vídeos do núcleo SEMENTE. Informamos que uma vez o vídeo pronto, disponibilizaremos em rede para que o professor, possa usufruir do recurso.

Confira o podcasting com um breve comentário da autora. O slide da apresentação está disponível em Tópicos de Química podendo ser baixado.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Professor

15 de outubro é o dia em que comemoramos o dia do PROFESSOR. A wikipedia define professor como o profissional que ministra aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, a saber: Educação infantil, Educação fundamental, Ensino médio e Ensino Superior, incluindo o Ensino profissionalizante e técnico.
 
Publico o que Irís Gabrielle menciona sobre ser professor:

Ser professor 
é professar a fé
e a certeza de que tudo 
terá valido a pena 
se o aluno sentir-se feliz
pelo que aprendeu com você
e pelo que ele lhe ensinou... 
Ser professor é consumir horas e horas 
pensando em cada detalhe daquela aula que, 
mesmo ocorrendo todos os dias, 
a cada dia é única e original... 

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, 
diante da reação da turma, 
transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender... 

Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado. 

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo". 

Ser professor é apontar caminhos,
mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...
Parabéns pelo nosso dia!


Ser professor é estar responsável pela instrução das pessoas, induzir ao conhecimento, contribuir para o crescimento de cada indivíduo. Não há como classificar e nem expressar o que é ser professor, mas deixo aqui um texto para todos os professores e futuros professores, em que D. Pedro II menciona:

"Se eu não fosse imperador, desejaria ser PROFESSOR. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro."

Para todos os professores, continuem nessa nobre missão, e para os que estavam um pouco sem estímulo para ensinar, tome como exemplo as palavras de D. Pedro II. Feliz dia do professor

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by Bruno Leite  (lattes)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O Orkut como ferramenta didática no ensino de Química

O primeiro seminário do Núcleo SEMENTE foi apresentado por Alexandre Cysneiros (lattes). Discutindo sobre: "O Orkut como ferramenta didática no ensino de Química". A seguir temos um resumo comentado pelo autor.

Um dos desafios do núcleo SEMENTE está sendo tentar utilizar o Orkut como ferramenta didática para o ensino de química. Durante o processo de estudo de como isso seria feito, foi elaborado um Orkut do Núcleo SEMENTE e foi iniciada uma pesquisa quantitativa e qualitativa, onde foi pesquisada a quantidade de comunidades existentes na área das ciências, onde a que teve maior resultado dentre as comunidades criadas em 2007 são as de química.

Após a pesquisa quantitativa, foi realizada uma investigação nas postagens destas comunidades para

obter uma idéia da qualidade das postagens dos usuários do Orkut, onde as que mais sobressaíram foi a conversa de diversos assuntos, assim como postagens com informações prestadas e utilizando o Orkut como meio de divulgação.

Após estes procedimentos baseados na pesquisa foram criadas duas comunidades “melhorem as aulas de química” e “Ensino de ciências com tecnologia” Para que os usuários da comunidade do SEMENTE pudessem debater sobre assuntos no universo do ensino de ciências.

Para maiores detalhes deste tema, confira em Tópicos de Química o slide da apresentação realizada por Cysneiros e o Podcasting comentado.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Aquecimento Global

Muito se tem falado sobre o aquecimento global, em palestras, estudos, pesquisas, o mundo discute o aquecimento global, mas de onde surge esse aquecimento? O que ocasiona? 

Como observado anteriormente no efeito estufa, o efeito conjunto das substâncias – gás carbônico, clorofluorocarbonetos e metano – pode vir a causar um aumento na temperatura global estimado entre 2 e 6ºC nos próximos 100 anos. A esse aumento chamamos de aquecimento global. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre. 

Acredita-se que os poluentes citados no efeito estufa são os responsáveis pelo aumento da temperatura média superficial global. O aquecimento global provoca o aumento do nível dos oceanos, com o aumento da temperatura no mundo, provocando futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas, pode ocorrer também o crescimento e surgimento de desertos. O desmatamento das florestas de paises tropicais, o aumento de furacões, tufões e ciclones – o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos - ondas de calor em regiões de temperaturas amenas. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças. Estima-se que dentro de 100 anos a calota polar irá desaparecer por completo.  Para minimizar esse aquecimento constituiu-se um protocolo de Kyoto como conseqüência de uma série de eventos iniciada com outras conferências, para reduzir a emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados como causa do aquecimento global. Sendo proposto um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990. A redução das emissões deverá acontecer em varias atividades econômicas. Algumas ações básicas são propostas, dentre as quais citamos: a reforma dos setores de energia e transportes; o uso de fontes energéticas renováveis; limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticas. Se este protocolo for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a temperatura global entre 1,4ºC e 5,8ºC até 2100. Nada adianta olhar o meio ambiente sem olhar o homem na complexidade de sua sociedade, afinal o melhor para o meio ambiente é que o homem não interferisse tanto nele.

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by Bruno Leite  (lattes)

domingo, 12 de outubro de 2008

Chuva ácida

            Regiões poluídas desprendem no ar substâncias com efeitos bastante danosos em que formam chuvas. Estas chuvas podem carregar essas substâncias. Precipitações podem ocorrer na forma de chuva, geada, neve ou neblina, estas precipitações são chamadas de chuvas ácidas. A chuva é considerada ácida quando o seu pH (índice que indica a acidez de uma solução) é menor que 4,5. As chuvas normais têm pH de aproximadamente 5,6 que é levemente ácido. Essa acidez natural é causada pela dissociação do dióxido de carbono em água, formando o ácido carbônico, segundo a reação:

 

CO2(g) + H2O(l) → H2CO3(aq)

O termo chuva ácida foi empregado pela primeira vez em 1952 por um cientista inglês, R. A. Smith, em sua monografia “O Ar e a Chuva: O Início da Climatologia Química, a Chuva Ácida”. Embora a chuva ácida, formada por substâncias que as chaminés das indústrias e os escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido, provavelmente, em meados do século passado, em decorrência da Revolução Industrial, só há dez anos esse fenômeno começou a inquietar os ecologistas, para se converter, nos dias de hoje, numa de suas mais obsessivas preocupações. A chuva ácida pode contaminar o solo, as plantações, os rios e os lagos, que levam as substâncias venenosas trazidas da atmosfera até locais muito distantes de seu ponto de precipitação. As chuvas ácidas contêm presente nelas poluentes que são produzidos pela combustão de carvão mineral, petróleo e seus derivados, os principais são o dióxido de enxofre e o dióxido de nitrogênio. Em contato com o vapor d’água da atmosfera, esses poluentes podem ainda produzir outras substâncias por meio de reações químicas. O dióxido de enxofre, por exemplo, reagindo com a água, pode formar o ácido sulfúrico. Já o dióxido de nitrogênio, pode produzir o ácido nítrico. Essas duas substâncias formadas são extremamente tóxicas e prejudiciais quando são precipitadas.  Esses poluentes podem precipitar-se sob a forma de chuva, geada e até mesmo neblina. As chuvas ácidas causam grandes estragos por onde elas passam. Destroem florestas, queimando as folhas das árvores, tornando o solo ácido ou provocando sua erosão. Há inúmeras teorias para explicar a destruição das florestas pela chuva ácida. A mais largamente aceita é a teoria “cup of stress” (taça de stress). A árvore é encarada, nesta teoria, como uma taça com stress ambiental, sob efeito da poluição ácida, de insuportáveis níveis de ozônio e da insuficiência de nutrientes causada pela acidez do solo e rigores climáticos. Ao atingir seu ponto de saturação, qualquer stress adicional, por exemplo, um inverno rigoroso ou um verão escaldante, causando a morte da árvore. As chuvas ácidas podem provocar danos a metais e pedras, carros, monumentos históricos sofrem danos sério. Podem provocar um deslocamento de elementos do solo, como alumínio, magnésio, cálcio e potássio. Quando liberados, esses elementos são levados pelas enxurradas ou ventos, causando alteração química dos solos e envenenando curso d’água. Quando essas precipitações atingem os rios e lagos, mata peixes e outros organismos aquáticos. Quando a água contaminada é consumida por uma pessoa, pode ocasionar problemas de saúde, inclusive distúrbios no sistema nervoso. Uma possível reação de formação da chuva é descrita abaixo:

 S(s) + O2(g) → SO2(g)

2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3(g)

SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(aq)

             Não podemos evitar as chuvas ácidas mas podemos diminuir a emissão desses poluentes que a provocam, o dióxido de enxofre e o dióxido de nitrogênio. Reduzindo a queima de combustíveis é necessário mudar as fontes de energia, utilizando energia solar e eólica (dos Ventos) que não poluem o ar. Um outro fator básico para a diminuição desta emissão seria utilizarmos filtros catalisadores nos escapamentos dos carros, melhorar as condições de transportes públicos, uma fiscalização mais efetiva nos emissores de poluentes (veículos, indústrias, etc.). 

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Bruno Leite (lattes)

Efeito Estufa

Um tema muito abordado por cientistas do mundo todo é o efeito estufa. Você sabe o que é o efeito estufa? O que a química tem haver com este tema? 

O dióxido de carbono (gás carbônico ou anidrido carbônico, CO2) é um gás incolor, mais denso que o ar, pouco solúvel em água, não-comburente e não-combustível. Esse gás é formado no processo de respiração de vegetais e animais e na queima de combustíveis, é consumido no processo de fotossíntese, realizado pelos vegetais. O efeito estufa é um fenômeno natural que sempre existiu e é necessário para que exista vida na Terra, pois evita que ela se resfrie, mantendo sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porem cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de vários gases, que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir o efeito calorífico dos mesmos. Vários gases são responsáveis por esse efeito, o gás carbônico é o mais abundante cerca de 55%, enquanto o metano, um outro gás, tem 15% e os clorofluorocarbonos 21%, que é responsável pelo buraco da camada de ozônio, descrito no capítulo ‘Elementos químicos’. 

O gás carbônico, que vem aumentando consideravelmente devido a queima dos combustíveis, amplia esse fenômeno e aumenta a temperatura da atmosfera cerca de 0,4% anualmente, este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão, acarretando grandes variações climáticas, derretendo as geleiras e provocando a expansão dos oceanos. O efeito conjunto dessas substâncias – gás carbônico, clorofluorocarbonetos e metano – pode vir a causar um aumento na temperatura global estimado entre 2 e 6ºC nos próximos 100 anos. Se a Terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiadamente fria para a vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena diferença nas condições iniciais da sua formação, para que deixássemos de existir. Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta.  É importante salientar que o efeito estufa, que por muitas vezes é referido por muitos como o grande vilão da historia, é na verdade benéfico para a vida na terra, por manter as condições ideais para a vida, com temperaturas mais amenas e adequadas. O que nos afeta é o seu aumento desordenado, pois os gases do efeito estufa forma como que uma “redoma de vidro” sobre o planeta, deixando entrar a luz e aprisionando o calor.

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Bruno Leite (lattes)

Óxidos

Quarta parte das postagens relacionadas com as Funções Inorgânicas, neste momento iremos tratar sobre os óxidos. 
Os óxidos são compostos binários em que o oxigênio, obrigatoriamente, deve estar presente como elemento mais eletronegativo. Devemos estar atentos pois não temos óxidos ligados ao flúor, pois este é mais eletronegativo que o oxigênio. Alguns óxidos comuns no nosso cotidiano são destacados a seguir:
  • Óxido de cálcio (CaO) É um dos óxidos de maior aplicação e não é encontrado na natureza. É obtido industrialmente por pirólise de calcário. Usado na preparação da argamassa usada no assentamento de tijolos e revestimento das paredes. Na agricultura, é usado para diminuir a acidez do solo.
  • Dióxido de carbono (CO2É um gás incolor, inodoro, mais denso que o ar. Não é combustível e nem comburente, por isso, é usado como extintor de incêndio. O CO2 não é tóxico, por isso não é poluente. O ar contendo maior teor em CO2 que o normal (0,03%) é impróprio à respiração, porque contém menor teor em O2 que o normal. O CO2 é o gás usado nos refrigerantes e nas águas minerais gaseificadas. Aqui ocorre a reação: CO2 + H2« H2CO3 (ácido carbônico); O CO2 sólido, conhecido por gelo seco, é usado para produzir baixas temperaturas. Atualmente, o teor em CO2 na atmosfera tem aumentado e esse fato é o principal responsável pelo chamado efeito estufa.
  • Monóxido de carbono (CO) É um gás incolor extremamente tóxico. É um seríssimo poluente do ar atmosférico. Forma-se na queima incompleta de combustíveis como álcool (etanol), gasolina, óleo, diesel, etc. A quantidade de CO lançada na atmosfera pelo escapamento dos automóveis, caminhões, ônibus, etc. cresce na seguinte ordem em relação ao combustível usado: álcool <>
  • Dióxido de enxofre (SO2É um gás incolor, tóxico, de cheiro forte e irritante. Forma-se na queima do enxofre e dos compostos do enxofre:       S + O2 (ar) --> SO2; O SO2 é um sério poluente atmosférico. É o principal poluente do ar das regiões onde há fábricas de H2SO4. Uma das fases da fabricação desse ácido consiste na queima do enxofre. A gasolina, óleo diesel e outros combustíveis derivados do petróleo contêm compostos do enxofre. Na queima desses combustíveis, forma-se o SO2 que é lançado na atmosfera. O óleo diesel contém maior teor de enxofre do que a gasolina e, por isso, o impacto ambiental causado pelo uso do óleo diesel, como combustível, é maior do que o da gasolina. O álcool (etanol) não contém composto de enxofre e, por isso, na sua queima não é liberado o SO2. Esta é mais uma vantagem do álcool em relação à gasolina em termos de poluição atmosférica. O SO2 lançado na atmosfera se transforma em SO3 que se dissolve na água de chuva constituindo a chuva ácida, causando um sério impacto ambiental e destruindo a vegetação:    S + O2(ar) --> SO2       /      2SO2 + O2 (ar) --> 2SO3   /   SO3 + H2O --> H2SO4
  • Dióxido de nitrogênio (NO2) É um gás de cor castanho-avermelhada, de cheiro forte e irritante, muito tóxico. Nos motores de explosão dos automóveis, caminhões, etc., devido à temperatura muito elevada, o nitrogênio e oxigênio do ar se combinam resultando em óxidos do nitrogênio, particularmente NO2, que poluem a atmosfera. O NO2 liberado dos escapamentos reage com o O2 do ar produzindo O3, que é outro sério poluente atmosférico:  NO2 + O2 --> NO +    O3 .  Os automóveis modernos têm dispositivos especiais que transformam os óxidos do nitrogênio e o CO em N2 e CO2 (não poluentes). Os óxidos do nitrogênio da atmosfera dissolvem-se na água dando ácido nítrico, originando assim a chuva ácida, que também causa sério impacto ambiental.  
Contribuindo com estas postagens, o blog Bruno's Chemistry disponibilza slides com conteúdos envolvendo as Funções Inorgânicas (Ver "Tópicos de Química"), que podem ser baixadas e utilizadas como um complemento as aulas onde a temática seja as Funções Inorgânicas (Ácidos, Bases, Sais e Óxidos).

É a química sendo expandida...


Bruno Leite 
(lattes)

Tabela Periódica

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